O modelo híbrido de ensino já está sendo adotado em algumas partes do Brasil e do mundo. Em meio a uma situação tão inesperada quanto a pandemia, que mudou os rumos de várias áreas em todo o mundo, a educação foi uma delas. Surge aí uma pergunta importante: como capacitar docentes para o Ensino Híbrido?
Nós antecipamos aqui no blog, em agosto de 2020, que o ensino híbrido era o caminho para o retorno às aulas presenciais, o que tem sido comprovado hoje. Por outro lado, para que a experiência seja a melhor possível, é essencial que os professores sejam capacitados para trabalhar nessa modalidade.
De acordo com uma pesquisa do Gestrado/UFMG em parceria com a CNTE, feita com 15.654 professores da educação básica nas redes municipal, estadual e federal no Brasil, 89% dos professores não tinham nenhuma experiência anterior em educação a distância.
Além disso, menos de ⅓ dos respondentes considerou “fácil” ou “muito fácil” o uso de tecnologias digitais, ao passo que 54% dos docentes das redes municipais afirmaram não ter recebido nenhum tipo de formação para o Ensino Remoto, contra 25% nas redes estaduais.
Outro ponto que merece ser destacado é que 82% dos docentes engajados na preparação de aulas remotas perceberam que houve um aumento das horas de trabalho em comparação com o tempo investido na preparação de aulas presenciais.
Tudo isso mostra claramente como os docentes, protagonistas do sistema educacional precisam de uma capacitação especial para as aulas híbridas, e nós queremos ajudar com isso.
Continue conosco para saber como ajudar em sua capacitação e, assim, garantir que o sistema híbrido de ensino seja o mais eficiente e proveitoso possível.
Quais são os desafios das aulas híbridas?
O Ensino Híbrido é uma ótima alternativa, mas é inegável que traz algumas dificuldades, como:
Barreiras tecnológicas
Como vimos nos resultados da pesquisa anterior, muitos professores não são familiarizados com as novas tecnologias, já que menos de ⅓ afirmaram encontrar facilidade em seu uso.
O resultado disso, além de maior complexidade em suas atividades, é também um maior tempo investido, como afirmaram 82% daqueles que estavam engajados na preparação das aulas híbridas.
Falta de capacitação perante as tecnologias educacionais e novas ferramentas
As barreiras tecnológicas tornam-se ainda mais desafiadoras quando percebemos que 54% dos docentes das redes municipais e 25% das redes estaduais não foram capacitados para o Ensino Remoto, ou seja, eles se viram obrigados a realizar algo que não foram ensinados a fazer.
Essa falta de capacitação provém tanto dos estados e municípios quanto das próprias instituições de ensino, o que prejudica diretamente os docentes, já que eles também podem não conseguir usar boas ferramentas para Ensino Híbrido, o que seria fundamental para otimizar seu tempo e a qualidade do seu trabalho.
Adaptação repentina
É normal que as mudanças tragam alguma dificuldade, especialmente quando isso acontece de uma hora para a outra, como ocorreu com as aulas híbridas. Ainda que o modelo já existisse, sua adoção era pequena a nível nacional, e uma mudança brusca trouxe uma série de dúvidas e dificuldades.
Como capacitar docentes para o Ensino Híbrido?
Veja o que sua instituição pode fazer para que os professores se adaptem confortavelmente ao sistema híbrido de ensino:
Treinamento
Investir em um treinamento é uma das melhores formas de capacitar docentes para o Ensino Híbrido, quando os professores passarão a ser alunos para aprender como lidar com essa nova metodologia.
Os treinamentos podem ser gerais, feitos em grupos específicos ou individualmente, de acordo com a necessidade de cada um.
Mapeamento e divulgação de cursos, ferramentas e materiais
Não é obrigatório que a própria instituição treine os professores. Ela pode recorrer a alternativas externas, como cursos, ferramentas e materiais de outras fontes para capacitar docentes para o Ensino Híbrido.
Uma ótima sugestão é a plataforma Eskada UEMA. Os conteúdos são feitos pela Universidade Estadual do Maranhão, com apoio da CAPES e do MEC, e há uma série de opções, como “Como Produzir Videoaulas”, “Mediação em EaD” e “Multimeios em Educação”.
Capacitação continuada
Capacitar docentes para o Ensino Híbrido, neste momento, pode parecer algo urgente – que de fato é, dadas as atuais limitações com as quais o sistema educacional se deparou por conta da pandemia. Porém, é inegável que esses conhecimentos serão úteis durante toda a trajetória dos professores.
Tanto isso é verdade que já existe a ANEBHI (Associação Nacional da Educação Básica e Híbrida), associação sem fins lucrativos que visa contribuir para o desenvolvimento da educação híbrida.
Embora tenha como foco a Educação Básica, essa é outra mostra de que as aulas híbridas vieram para ficar.
Estruturação das aulas
A forma de apresentar o conteúdo será diferente entre os alunos que estão na escola e os que estão em casa, e capacitar docentes para o Ensino Híbrido também deve passar por isso.
Também é importante destacar a adaptação à BNCC, que você pode conferir com mais detalhes no artigo “Ensino Híbrido e BNCC: como adaptar?”
Estrutura tecnológica
Como a tecnologia é um dos maiores desafios das aulas híbridas, a introdução a ela deve fazer parte do processo de capacitação por meio de tutoriais, guias, videoaulas e outros recursos que possam auxiliar os docentes.
Diversificação de abordagens e metodologias
Conhecer as diferentes metodologias e abordagens também é essencial para contribuir com o sucesso do sistema híbrido de ensino. Para maiores informações, acesse nosso conteúdo sobre “Melhores práticas na Educação Híbrida: conheça e aplique”.
Corpo docente: a força motriz da educação, independente da modalidade ou metodologia
O professor foi, é e continuará sendo um dos pilares da educação e, por extensão, de toda a sociedade. Neste contexto das aulas híbridas, a tecnologia é uma grande aliada, com ferramentas capazes de tornar suas vidas mais fáceis e confortáveis.
Agradecemos por sua presença e sugerimos que acesse nosso “Manual do Professor Moderno”, um e-book importante para capacitar docentes para o Ensino Híbrido e para outras tecnologias presentes no contexto educacional.
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