Se você andou pela internet nos últimos meses, com certeza ouviu falar sobre um tal de ChatGPT.
A ferramenta se transformou na nova sensação do mundo digital, monopolizando discussões, gerando memes e, é claro, criando polêmica.
Uma das principais polêmicas diz respeito à relação entre ChatGPT e educação: afinal de contas, como essa ferramenta pode influenciar (e até mesmo atrapalhar) o aprendizado dos jovens? E ainda: será que ela pode ajudar?
As dúvidas são muitas, mas existe uma certeza: tecnologias como o ChatGPT vieram para ficar. E neste texto, vamos aprender como podemos conviver com elas e extrair o melhor que elas têm a nos oferecer.
Afinal: O que é ChatGPT?
O ChatGPT é um robô criado a partir de IA (Inteligência Artificial), capaz de se comunicar com usuários da internet através de texto.
A ferramenta chamou a atenção do mundo por se mostrar capaz de construir textos concisos e gramaticalmente corretos em mais de 16 idiomas, além de responder perguntas sobre os mais diversos assuntos.
Como essa tecnologia funciona?
Para possuir um repertório tão grande, o ChatGPT foi treinado através de Machine Learning (em português, aprendizado de máquina) e alimentado com cerca de 570 GB de textos produzidos na internet, entre livros, fóruns e páginas de notícias.
Estima-se que o banco de dados da ferramenta conte com cerca de 40 bilhões de palavras, o que permite a ela gerar textos sobre praticamente qualquer assunto.
Daí o medo de muitos educadores: com uma ferramenta tão poderosa (mas nem sempre confiável) em mãos, o que será do processo de aprendizado dos alunos?
A educação já lidou com outros dilemas
Antes de discutirmos mais a fundo a relação entre ChatGPT e educação, vale lembrar que essa não é a primeira vez que a tecnologia é vista como uma ameaça por docentes e escolas ao redor do mundo.
No início dos anos 2000, a popularização da internet e dos computadores pessoais fizeram surgir o temor de que os alunos dedicariam menos tempo aos estudos, confiariam mais no Google do que nos professores e de que os casos de plágio se multiplicariam.
Mais adiante, os celulares se tornaram os “grandes vilões”, disputando a atenção dos alunos e aumentando a preocupação dos professores com os riscos de cola.
E por falar em colas, o que falar do surgimento das provas online, onde o aluno realiza o exame em um ambiente totalmente fora do controle do professor?
É claro que mudanças como essas assustam, mas em todos os casos surgiram estratégias inteligentes para driblar cada novo desafio.
E o mais importante: os benefícios que a educação encontrou nos avanços tecnológicos sempre foram maiores que os malefícios.
Sendo assim, o primeiro passo é entender que a tecnologia nunca é uma inimiga, pelo contrário: ela é a maior aliada das escolas no caminho rumo à educação do futuro. Basta saber utilizá-la da maneira correta.
ChatGPT e educação: No que essa tecnologia pode influenciar?
Como já dissemos, a popularização do ChatGPT causou temor em docentes do mundo inteiro. Em Nova Iorque, por exemplo, uma lei proibiu o uso da ferramenta nas escolas públicas da cidade.
Deixando o pânico de lado, abaixo estão alguns dos possíveis desafios que teremos que enfrentar quando analisamos a relação entre ChatGPT e educação.
Plágio
O fato da ferramenta ser capaz de gerar textos com um impressionante nível de coesão e uma construção gramatical praticamente perfeita torna difícil diferenciá-los de textos escritos por uma pessoa.
Além disso, a possibilidade do ChatGPT gerar diferentes construções de respostas para as mesmas perguntas, dificulta ainda mais a conferência do professor, caso ele desconfie de plágio em um trabalho ou prova entregues por algum aluno.
Os criadores do ChatGPT até chegaram a desenvolver uma ferramenta capaz de identificar textos escritos pela plataforma, mas ela possui uma série de limitações, com por exemplo:
- Ser pouco confiável em textos abaixo de 1.000 caracteres.
- Ter baixo desempenho em textos de língua não inglesa.
- Não ser confiável para textos que contenham respostas previsíveis e que sejam facilmente encontradas na internet.
Mas vale lembrar que há ferramentas de identificação de plágio no mercado há algum tempo, logo a tendência é que se aprimorem para que abracem as demandas atuais, como o ChatGPT.
Desempenho e produtividade do aluno
Outro medo comum entre os docentes é de que os alunos deixem de buscar fontes confiáveis para estudos e pesquisas, passando a confiar 100% no ChatGPT para validar seus conhecimentos.
Este é um grande problema e pode afetar diretamente o desempenho dos estudantes, pois já ficou comprovado que a ferramenta pode dar respostas erradas.
Isso aconteceu, inclusive, na demonstração da plataforma Bard, do Google, onde a ferramenta deu uma informação errada sobre o satélite James Webb, fazendo com que as ações do Google despencassem na bolsa de valores.
Processo de aprendizagem
Por fim, existe um temor de que a presença de tecnologias como ChatGPT atrapalhe o processo de aprendizagem dos alunos a longo prazo, acostumando-os com respostas prontas e prejudicando sua capacidade de reflexão.
Afinal de contas, por mais avançada que seja uma Inteligência Artificial, ela não é capaz de reproduzir o pensamento crítico, nem levar em conta habilidades socioemocionais, elementos fundamentais no processo de aprendizagem do aluno.
ChatGPT e educação: É motivo de paranoia?
Por mais que o cenário, à primeira vista, pareça caótico, lembrem-se que já passamos por isso antes.
Toda nova tecnologia assusta, mas aos poucos, aprendemos a conviver com elas, contornar seus desafios e utilizá-las para facilitar a vida de alunos e professores.
Se antes os jogos eletrônicos eram tidos como rivais da educação, hoje, a gamificação se apresenta como uma ferramenta poderosa de ensino.
Redes sociais, como blogs e fóruns, hoje são espaços de troca entre alunos e professores.
Essa transmutação positiva tende a acontecer com o ChatGPT também.
Algumas dicas de como minimizar os impactos
Veja abaixo como virar o jogo na relação entre ChatGPT e educação, transformando a ferramenta em uma aliada do processo pedagógico.
- Não vilanize a ferramenta: os alunos possivelmente vão usar o ChatGPT. Então fale abertamente sobre ela, apresentando suas vantagens e riscos.
- Estimule o pensamento crítico: É necessário que o aluno conheça as limitações da ferramenta, busque outras fontes e não aceite tudo como verdade. A mediação é o caminho.
- Valorize questões analíticas: provas com questões mais elaboradas, que exigem interpretação, análise e raciocínio são ótimas para driblar a inteligência artificial.
- Busque novos métodos de avaliação: debates em grupo e a abordagem de metodologias ativas de avaliação podem ser grandes aliadas neste momento, pois fazem do conhecimento do aluno o único banco de dados possível de ser acessado.
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