Como a avaliação deve guiar a aprendizagem?

Sumário

Em tempos de transformação digital e indústria 4.0, a personalização é o foco. Essa prerrogativa vale para tudo, a fim de tornar o humano e tudo o que não pode ser automatizado como centro das atenções. Como essa tendência afeta o ensino? A resposta passa pela avaliação da aprendizagem.

A proposta é implementar uma percepção diferente sobre as provas aplicadas. Em vez de servirem somente para obter as notas, elas devem fornecer outros subsídios. É assim que se torna possível remodelar o plano de ensino, de acordo com o aprendizado e a curiosidade dos alunos.

De que forma utilizar as avaliações como recurso de ensino personalizado e colocar em prática essa forte tendência da educação? Vamos apresentar o panorama neste artigo. Que tal entender melhor?

Processo tradicional de avaliação x cenário atual

Via de regra, as provas são aplicadas para mensurar o conhecimento dos estudantes e classificá-los em bons ou ruins. Por muito tempo, essa foi a única serventia das avaliações, em um modelo bastante antiquado e que estava em voga desde o século XVIII, época do Iluminismo.

Nos últimos anos, o avanço dos processos de ensino-aprendizagem e das metodologias pedagógicas fizeram as avaliações se tornarem ferramentas importantes a gestores, coordenadores e professores. Por meio delas, é possível entender quais são as maiores dificuldades dos estudantes e trabalhar nesses pontos fracos para levar à evolução de todos.

Perceba que, nesse processo, inexistem ações certas ou erradas. Cada situação didática é diferente e precisa ser considerada. É aqui que surge a aprendizagem adaptativa.

Essa metodologia de ensino objetiva compreender as demandas de cada estudante para se ajustar às necessidades dele. O aluno passa a ter um comportamento ativo, porque é seu ritmo de entendimento que determina a evolução do curso. Entre as consequências alcançadas por esse modelo estão:

  • o ensino deixa de ser cansativo e mecânico, e tende a se tornar eficiente e personalizado;
  • o estudante tem uma postura ativa e determinante para a compreensão dos conteúdos;
  • o aluno deixa de sofrer defasagem de conteúdo, porque o ensino é ajustado às suas necessidades;
  • o professor tem o papel de colocar o educando no centro da aprendizagem para alinhar as expectativas e entrar em sintonia com ele.

Transformação digital e avaliação da aprendizagem

As novas tecnologias impactam o setor educacional e ajudam a colocar as avaliações como ferramentas de aprendizagem. Como isso acontece? A resposta é simples! Com as soluções criadas, o professor otimiza o seu trabalho e tem mais tempo de atuar de maneira estratégica.

Com isso, tem mais chance de atuar de forma precisa e alterar o paradigma para uma abordagem adaptável e multidisciplinar. Para isso, é preciso embasar suas ações nos dados obtidos.

Um sistema de gestão de provas é essencial nesse caso. Além de gerar as avaliações, corrigi-las e revisá-las, se necessário, essa ferramenta também cria relatórios de desempenho individual e da turma.

Essas informações servem para ajudar o docente a tomar decisões inteligentes e permitem implementar um acompanhamento personalizado. Ao mesmo tempo, os dados evidenciam se há algum problema no processo de construção do conhecimento. 

Dessa maneira, a ideia de avaliar a docência também é colocada em prática, a fim de compreender o que pode melhorar no desempenho do professor. Ao mesmo tempo, há uma adaptação à Teoria de Resposta ao Item (TRI), metodologia utilizada no Enem. Ela contabiliza mais que os acertos dos estudantes, porque identifica ainda:

  • proficiência do aluno;
  • nível de dificuldade dele;
  • acerto ao acaso, o famoso chute.

Outro aspecto relevante para colocar a avaliação da aprendizagem em prática é o Big Data. Essa tecnologia se refere à coleta, ao armazenamento e, principalmente, ao processamento de um grande volume de dados. A partir disso, eles servem para tomar as decisões e definir o que é melhor para sua instituição de ensino.

Como isso ajuda a personalização do ensino? Os dados coletados pela ferramenta geram estatísticas e rastros, que permitem saber como está o conhecimento do aluno, qual a relação entre o seu desempenho e o da turma e o que é necessário fazer para aperfeiçoar os resultados individuais e grupais.

Avaliação como guia da aprendizagem

avaliação da aprendizagem

As novas tecnologias e a revisão das metodologias pedagógicas levam a aprendizagem a ser encarada como instrumento de reorientação e melhoria do sistema de ensino. Nesse processo, o professor tem o papel de identificar o que precisa saber, enquanto o estudante deve se colocar como parceiro.

Por meio desse relacionamento, os critérios de avaliação são discutidos e permitem alcançar resultados mais elevados. Isso também faz o aluno ser um personagem ativo do seu aprendizado, ao mesmo tempo que as provas atingem três objetivos fundamentais:

  • identificar o nível de desempenho do educando;
  • qualificar a informação e compará-la aos conteúdos a serem aplicados;
  • tomar decisões inteligentes, que facilitem o alcance dos resultados esperados — é o caso de planejar sequências didáticas, atividades ou projetos de ensino em conjunto com os instrumentos avaliativos.

Perceba que a avaliação tem o propósito de desenvolver o estudante. Nesse sentido, ela serve para ajudá-lo a conhecer seus pontos fortes e fracos, a fim de garantir a superação de seus obstáculos.

Ao professor, a avaliação é relevante para avaliar a prática em sala de aula. Desse modo, fica claro o que está adequado ou não para aquela turma e, de maneira mais específica, ao indivíduo. Por sua vez, para a equipe docente é garantida a continuidade e a coerência na trajetória dos estudantes.

Então, como usar a avaliação para guiar a aprendizagem? O foco deve ser utilizar os dados gerados por sistemas de gestão de provas para definir as melhores ações a serem realizadas. Para ter uma ideia, o ensino adaptativo permitiu elevar em 20% o número de matrículas em nas escolas públicas de Chicago, nos Estados Unidos.

Junto a isso, é preciso investir em outras tecnologias. Uma delas é o mobile learning, aplicado na Universidade Tiradentes (UNIT). Além de estratégias de gamificação, essa tendência permite aos alunos acessarem o ensino adaptativo por meio de conteúdos personalizados, tanto em vídeo quanto em texto e outros formatos.

Fica claro, então, que a ideia da avaliação da aprendizagem é ter um olhar diferenciado sobre as provas. Mais que testes para verificar as notas dos alunos, ela deve ser instrumento para remodelar o plano de ensino e efetivar a personalização, tão necessária para atingir melhores resultados.

Agora que você sabe o que é necessário fazer, será que sua instituição de ensino está preparada? Saiba mais sobre a transformação digital na educação e entenda de que maneira as novas tecnologias permitem alcançar esse patamar de melhoria do ensino.

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