Se por um lado a pandemia trouxe diversos impactos negativos na oferta de cursos na área da saúde, por outro ela abriu possibilidade de crescimento do setor – muitos deles, inéditos.
A pandemia de COVID-19 aumentou o interesse dos jovens pelos cursos na área da saúde. Segundo um levantamento global feito pela Pearson, divulgado pela CNN Brasil, no Brasil 67% dos pais viram um crescimento pelo tema, e muitos acreditam que a atual situação pandêmica venha a influenciar na escolha profissional.
Novamente, a luta dos trabalhadores da área médica parece ser uma inspiração para os jovens estudantes, já que conforme pesquisa da Educa Insights/ABMES, de 15 cursos citados pelos discentes, 06 são do ramo da saúde, como medicina e enfermagem.
Portanto, é visível o quanto esse setor tem a crescer. Contudo, as instituições de ensino superior têm de se adequar a esse novo contexto, de modo a oferecer uma experiência de aprendizagem agradável ao aluno, transformando-o em um bom profissional.
Por isso, é importante refletirmos sobre como se deu esse pontapé inicial, assim como o que pode ser melhorado e quais as perspectivas para o setor. Acompanhe a leitura!
Quais os impactos da pandemia em cursos na área da saúde?
Com a chegada da pandemia de COVID-19, a educação passou por diversas transformações e nos cursos na área da saúde isso não foi diferente. Confira os principais impactos.
Evasão Escolar no Ensino Superior
Assim como em outros cursos, as faculdades na área da saúde sofreram baixa graças a alguns fatores, como diminuição da renda (maior parte dos estudantes é da rede privada), barreiras tecnológicas que dificultaram a absorção do conhecimento e receio pelo contágio que era maior antes da vacinação em massa.
Felizmente, esse panorama vem mudando com a volta às aulas presenciais e avanço da imunização.
Esgotamento
Apesar da parte teórica ser permitida pelo MEC, os alunos veem essa iniciativa como algo enfadonho e cansativo, principalmente para quem está iniciando agora na universidade.
Como não há outra alternativa – já que é preciso seguir o curso – esses alunos estão se frustrando com a falta de interação no “olho no olho” e um modelo de aprendizagem, o qual se concentra em o presencial somente nas disciplinas práticas.
Recém-formados iniciaram sua atuação em meio à Pandemia
Diante da antecipação da formatura dos alunos de faculdades na área da saúde, estudantes recém-formados adentraram no mundo profissional de uma forma abrupta, em uma realidade impensável.
O aumento do número de óbitos, a ausência de insumos e as longas jornadas de trabalho estão entre os principais conflitos enfrentados pelos residentes médicos. O resultado foi um alto grau de estresse e insegurança, somados ao despreparo físico e emocional diante da crise sanitária.
Possíveis defasagens nos estudantes em anos iniciais
Começando pelos jovens, a pandemia de Coronavírus mexeu com a entrada dos potenciais alunos no ensino superior. De acordo com a 2ª edição da pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus, 30% desse público deixou a escola por não conseguir conciliar trabalho e estudos.
Atrelado a isso, o mesmo estudo aponta para a necessidade da criação de programas que apoiem essa população carente de políticas públicas voltadas à inserção no ensino superior.
O que o futuro reserva para cursos na área da saúde?
A COVID-19 trouxe alguns ensinamentos para quem quer cursar faculdades na área da saúde. Descubra o que já é tendência nesse setor e tem tudo para continuar sendo.
Reafirmação da importância da ciência e o combate às Fake News
Infelizmente, a existência de inúmeras informações falsas, as chamadas fake news, só atrapalharam o exercício da ciência e adoção de medidas de saúde visando a prevenção do contágio.
Nesse contexto, a comunidade médica precisou reforçar a medicina por evidência, objetivando o desenvolvimento de um olhar crítico por parte dos egressos de medicina. Isso inclui a inequívoca prescrição de medicamentos sem comprovação científica, a qual deve ser combatida em futuras residências médicas.
O maior intuito, portanto, é conciliar a ciência com a medicina, ao passo que interferências políticas não ultrapassem os limites da ética e preservação da vida.
Maior procura por cursos na área da saúde
Se no início de 2021 muitos estudantes haviam adiado a entrada no ensino superior, isso mudou no final do ano, dado que 52.38% pretendiam se matricular já no último semestre do mesmo ano, de acordo com o site Quero Bolsa.
Marketplace de pesquisa de cursos superiores, a plataforma registrou o interesse de potenciais alunos por faculdades na área de saúde, com destaque para enfermagem, psicologia, medicina veterinária, fisioterapia, farmácia, odontologia, biomedicina, nutrição, estética e radiologia.
Seguindo a mesma linha, um estudo da CIA de Talentos e Infojobs demonstrou a empregabilidade de 100% dos egressos de medicina, o que pode explicar em partes crescente procura pelas faculdades desse segmento.
Aumento do mercado e nas possibilidades de atuação
O consequente aumento de ingressantes de cursos na área da saúde tem pelo menos um motivo certeiro: novas oportunidades de atuação, em especial para os médicos, através da telemedicina.
Antes tida como algo “inadequado” e usado em última instância, com a necessidade de distanciamento social, os atendimentos online ganharam força na pandemia e tendem a permanecer. Afinal, foi comprovado que com a tecnologia é possível atender pessoas de qualquer lugar do planeta.
Isso é bastante vantajoso também para os pacientes que não têm acesso à saúde de outra maneira, como aqueles que residem em regiões com escassez de profissionais.
Mudança social de visão sobre profissionais da saúde
Sem dúvida, os trabalhadores da saúde puderam ser reconhecidos como verdadeiros heróis – e merecidamente. A crise de saúde mundial reforçou o quanto esses trabalhadores são, de fato, essenciais para o progresso da humanidade, algo que parecia silenciado ou “invisível” até antes de março de 2020.
A boa notícia é que as pessoas estão mudando essa visão dos trabalhadores da saúde, deixando de lado um olhar mecanizado para um profissional humanista, que salva vidas.
Sua instituição está preparada para o futuro?
Como vimos, o mercado de atuação no campo médico cresceu devido à pandemia, o que colaborou na expansão dos cursos na área da saúde. Isso significa que mais pessoas estão buscando formações voltadas ao bem-estar físico e mental.
Conforme as pesquisas apontadas, ainda que essa demanda seja crescente, é preciso investimento e preparação adequada por parte das instituições de educação superior, com o objetivo de fornecer uma qualificação de qualidade e direcionada a situações de calamidade, como a pandemia, por exemplo.
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