Elaborar provas é uma atividade que faz parte do trabalho de qualquer docente. Coordenadores e Diretores têm o dever de acompanhar o trabalho dos professores e identificar formas de melhorar essa tarefa — que exige o investimento de tempo e esforços. Para tornar essa ação mais inteligente, é preciso saber o que é banco de questões.
Esse recurso contém várias perguntas pré-formatadas para aplicação em sala de aula. Mais que tornar o trabalho do professor mais fácil e focado em ações estratégicas, a ideia é fazer o estudante ter mais chances de treinar o seu aprendizado e se dar bem nas avaliações internas ou externas.
Para explicar melhor como o BDQ funciona, qual sua importância e as vantagens de contar com um modelo inteligente, criamos este artigo. Confira essas informações e veja por que sua instituição de ensino precisa contar com essa funcionalidade!
O que é banco de questões?
O banco de questões é um conjunto de perguntas, que podem estar disponibilizadas em uma avaliação manualmente ou terem sido sorteadas por meio de um software de gestão de provas. Esse recurso é chamado de inteligente quando conta com a ajuda da tecnologia, que traz mais diversidade ao exame e permite fazer um sorteio de quais serão utilizadas por conteúdo ou níveis de dificuldade.
É o caso, por exemplo, de você adicionar 100 questões para o banco, mas configurar o software para utilizar apenas 30 delas. Nesse caso, o sistema faz o trabalho de forma automática criando provas distintas — medida que acarreta segurança para o docente, já que são evitados fraudes e vazamentos.
Ao mesmo tempo, cada avaliação contará com 30 questões diferentes. Essa característica dificulta a “cola” por parte dos estudantes, porque nenhum grupo receberá as mesmas perguntas em ordem igual. Outro benefício significativo é abranger um número maior de assuntos para ter uma visão mais ampla do aprendizado em cada turma.
A importância para a rotina do professor
O uso do banco de questões inteligente é uma maneira de trazer eficiência à rotina do professor. Por meio de um software de gestão de provas, ele consegue configurar os assuntos que deseja abordar e as questões são selecionadas de forma automática, a partir das diretrizes especificadas pela instituição de ensino.
Além disso, os sistemas, geralmente, contam com bancos compartilhados, que permitem ao docente selecionar as questões a partir daquelas adotadas por outros professores que utilizam a mesma plataforma.
A facilidade na elaboração das avaliações faz com que a rotina do professor seja facilitada de maneira significativa. Além de evitar a perda de tempo com esse processo, o docente é capaz de cuidar de atividades estratégicas, como a revisão de assuntos que precisam de aperfeiçoamento, criação de outros recursos para chamar atenção dos alunos em sala de aula e outras ações.
O funcionamento do banco de questões do Enem
O Enem é o maior exemplo de prova elaborada a partir de um banco de questões inteligente. Em 2011, havia aproximadamente 6 mil perguntas para formular o exame com 180 questões. O ideal na época, no entanto, era de 15 mil a 20 mil itens no banco de questões.
Por isso, em 2017 o Ministério da Educação informou que haveria um processo de reavaliação. Naquele momento, o banco tinha 8 mil itens e, depois disso, a expectativa era fechar com 40 mil perguntas.
Hoje, o Enem tem provas estruturadas a partir de quatro matrizes. Cada uma delas têm 45 questões, o que totaliza 180 questões, como era antes. A diferença é a estruturação por áreas de conhecimento.
A partir desses parâmetros, o Inep — que elabora as avaliações do Enem — define a estrutura de cada caderno de provas e as imprime de forma a garantir que as questões e sua ordem sejam diferentes para grupos de estudantes.
Desse modo, fica impossível decorar as perguntas ou até mesmo colar durante a prova. Portanto, fica claro que sua instituição de ensino também pode usar esse recurso de forma a trazer eficiência para o processo de avaliações.
Quais são as vantagens de investir em um banco de questões inteligente?
As explicações sobre o que é o banco de questões inteligente e de que maneira ele facilita a rotina do professor são importantes. Porém, existem muitos outros benefícios a serem citados. Conheça os principais!
Ineditismo das questões
Uma das maiores vantagens dos bancos de questões é ter perguntas inéditas, que nunca foram vistas pelos alunos. Isso acontece porque o sistema de gestão de provas pode armazenar um volume enorme de questões e classificá-las caso já tenham sido utilizadas ou não. Assim, o professor consegue alterar as avaliações de um ano para o outro e o estudante se prepara para diferentes cenários de provas.
Melhoria da elaboração de questões
O trabalho do professor para elaborar provas é grande e exige esforço. Elaborar uma boa questão requer criatividade, tempo e revisão das avaliações já aplicadas para evitar repetições. No começo, essa atividade é demorada, mas passível de aplicação.
Com o passar dos anos, o docente começa a ter mais dificuldade, porque leciona sobre o mesmo assunto durante muito tempo. Equilibrar itens inéditos se torna um desafio — e é aí que o banco de questões inteligente é capaz de ajudar.
Por meio de configuração de estilo das provas e dos conteúdos que serão cobrados, você cria exames diferentes ao longo dos anos e garante que os alunos sempre terão questões bem elaboradas.
Preparação dos estudantes
Os alunos aplicados têm o hábito de treinar seus conhecimentos para as provas, seja em sala, seja em aulas particulares. Para isso, utilizam exercícios antigos disponíveis na internet. Como evitar que eles já tenham acessado às questões?
O banco resolve esse problema. Com um grande número de perguntas cadastradas, o docente consegue inserir sempre itens novos, que não foram vistos e, principalmente, decorados pelo estudante. Com isso, o aluno se prepara melhor e tem seu conhecimento testado de maneira eficiente.
Aumento da fixação do conteúdo
Os exercícios de fixação são essenciais para o processo de ensino-aprendizagem. Eles trazem rapidez e praticidade para o reforço dos conteúdos e ainda ajudam a construir o conhecimento. Isso acontece porque os alunos encaram uma série de avaliações diferentes — ou seja, há vários desafios no processo de estudo, que fortalecem o aprendizado.
O professor pode — e deve! — utilizar esses recursos em sala de aula, especialmente para simulados. Desse modo, prepara o estudante para diferentes avaliações a serem enfrentadas, como Enem e vestibulares, e mostra como os conhecimentos serão cobrados nessas situações.
Um exemplo é a metodologia Time Based Learning (TBL). A ideia é basear a construção de conhecimentos a partir de uma estratégia colaborativa. Para isso, os estudantes se reúnem em grupos e recebem as tarefas. A partir disso, seguem quatro princípios:
- respeito à capacidade intelectual;
- responsabilização pelo pré-aprendizado e trabalho em equipe;
- promoção do aprendizagem e desenvolvimento em equipe;
- recebimento de feedbacks constantes e imediatos.
Com base nesse método, as aulas e as provas são preparadas. O objetivo é que os estudantes reflitam sobre os temas abordados e realizem exercícios de maneira contínua para fixar o conteúdo.
Melhoria da escrita e da leitura
As questões discursivas exigem o conhecimento do estudante sobre o assunto e suas habilidades de escrita e leitura. Além de fortalecer a interpretação de textos, os alunos mostram sua capacidade de explicar o assunto em suas próprias palavras.
É importante destacar que a nota, nesse caso, depende das habilidades de leitura, interpretação e redação. Por isso, as perguntas discursivas são mais completas e trabalham a construção do conhecimento de maneira completa.
Crescimento das notas do aluno
Os professores nem sempre conseguem trabalhar em sala de aula todos os assuntos previstos para o ano. Estudos indicam que 51% dos professores de Ensino Fundamental desenvolvem, pelo menos, 80% dos conhecimentos. Enquanto isso, 11% nem chegam a passar a 60% do que estava projetado.
Essa situação é derivada de vários fatores, como gasto de tempo com:
- tarefas administrativas (91% disseram despender até 20% do tempo em sala com essas atividades, como realização de chamada e preenchimento de formulários;
- manutenção da ordem e da disciplina (70% indicam que perdem 20% da aula dessa forma).
Isso significa que 57% dos professores têm apenas 80% do tempo para passar o conteúdo. Essa realidade é complexa e se reflete nas avaliações externas. Estas são embasadas no currículo escolar. Quando o estudante deixa de ter acesso a todo o conteúdo, a tendência é que receba uma nota baixa.
Com o BDQ inteligente, o professor trabalha com as questões de maneira pontual e indica aqueles assuntos que têm mais chance de cair nas provas. Além disso, o resultado das avaliações permite saber quais aspectos precisam ser melhor trabalhados para que o estudante chegue pronto para as avaliações externas.
Depois de todo esse conhecimento, fica claro que o banco de questões é importante para os professores da sua instituição de ensino. Além de isso facilitar o trabalho, também traz resultados positivos para os alunos, que se refletem em credibilidade para a sua escola ou universidade.
E você, gostou de saber mais sobre o que é banco de questões inteligente e como ele beneficia a sua instituição de ensino? Deixe seu comentário com dúvidas, sugestões ou compartilhamento de experiências!