Prova ou feedback: quais são os parâmetros importantes para boas avaliações?

Sumário

Existem diferentes instituições de ensino. Todas elas buscam implementar boas avaliações, mas esse conceito muda muito de uma escola para outra. Existem até aquelas que oferecem uma formação mais holística e, por isso, ignoram a realização de provas. O que é certo nessa discussão?

Na verdade, é impossível determinar a atitude mais adequada. No entanto, uma coisa é fato: é impossível determinar o desempenho sem algum tipo de prova ou até mesmo de feedback. É a partir disso que o estudante é preparado para ingressar na universidade, seja no Brasil, seja em outros países.

Para aquecer essa discussão, apresentaremos neste post os parâmetros mais importantes, a partir da consideração das mudanças e teorias implementadas. Vamos lá?

Por que as boas avaliações ainda são importantes?

A aplicação de provas, simulados e outros tipos de testes continuam sendo uma prática recorrente nas escolas e universidades brasileiras. Mesmo com as mudanças implementadas na educação, essa prática ainda resiste na maioria dos casos. Por quê?

A resposta é simples! A avaliação também evoluiu. Ela deixou de ser um instrumento de ranqueamento e rotulação dos alunos para se tornar uma ferramenta que ajuda os professores a indicarem o caminho mais correto para os estudantes, a fim de eles crescerem, progredirem e alcançarem resultados melhores em diferentes áreas da vida.

Há muito tempo, a ideia de categorizar os alunos entre aqueles que vale a pena investir e aqueles que devem ser ignorados deixou de existir. Com isso, o trabalho dos docentes passou a ser mais amplo e complexo.

É preciso verificar qual avaliação é mais adequada para aquela situação didática, por exemplo, observação, aplicação de provas, solicitação de redação ou feedback sobre o desempenho em um contexto específico. Todos esses casos são passíveis de serem utilizados em sala de aula — tudo depende dos objetivos do educador e das necessidades da turma.

Essa reinvenção das avaliações contempla, especialmente, algumas práticas. Vamos mostrar as 3 principais a seguir. Confira!

Adoção de metodologias ativas

Esse modelo de ensino tem o propósito de incentivar os estudantes a participarem do processo de ensino-aprendizagem com atitudes participativas e autônomas. Para isso, eles são inseridos em situações reais. Nesse contexto, o aluno se torna responsável pela construção do conhecimento e o professor é o guia dessa relação.

Uso de tecnologia para engajar os alunos

As ferramentas tecnológicas são essenciais para incentivar o estudo e oferecer uma aula mais enriquecedora e desafiadora. Você pode usar desde as redes sociais, como forma de interação, até sistemas específicos, como os softwares de gestão de provas, que permitem gerar avaliações diversas a partir de diferentes níveis de dificuldade e de conhecimentos. Com isso, o professor tem a chance de mensurar o aprendizado dos alunos e garantir bons resultados.

Opção pela não avaliação

As escolas com formação holística nem sempre optam pela realização de avaliações. Essa é uma escolha, mas existem alguns desafios nessa condição. O primeiro deles  é que se torna difícil comprovar o aprendizado do estudante e sua capacidade de passar por provas essenciais, como o vestibular e o Enem.

O segundo é que, assim que o aluno chegar à universidade, vai se deparar com outro formato de aulas — e isso pode prejudicar sua formação no Ensino Superior. Além disso, a falta de avaliação, geralmente, é um ponto de questionamento dos pais na hora de escolher uma escola.

Assim, fica claro que as instituições conteudistas são aquelas que optam por avaliar os alunos de forma tradicional, a fim de medir seu desempenho. As escolas alinhadas à tendência do ensino personalizado usam as provas para guiar os próximos conteúdos a serem abordados. Por fim, as holísticas podem manter o seu foco, mas agregar as provas ou o feedback.

Qual a diferença entre prova e feedback?

A prova é o método tradicional de avaliação, em que os alunos demonstram o que aprenderam a partir de respostas a perguntas objetivas ou dissertativas. Esse é o formato aplicado por vestibulares, Enem, Enade, Prova Brasil e outros exames.

Por sua vez, o feedback é uma ferramenta de aprendizagem que consiste em indicar aos alunos onde precisam melhorar e quais comportamentos são positivos. A partir disso, ele se torna mais consciente do processo de ensino-aprendizagem e tem capacidade de alcançar o resultado pretendido.

Perceba que esses métodos não são excludentes, mas sim complementares. Enquanto a prova verifica o nível de aprendizado, o feedback sinaliza aspectos de melhoria. Por isso, precisa ser bem trabalhado.

De toda forma, ambos são capazes de trazer bons resultados. Um exemplo bem-sucedido de prova é de Leonardo da Silva, de 17 anos, que foi aceito em Harvard após estudar em uma escola estadual de Rondônia. O motivo? Sempre gostou de estudar. Assim, as provas serviram como incentivo.

Por sua vez, o feedback é uma forma de conhecer melhor o aluno, avaliar suas competências e evitar a classificação dos estudantes por meio das notas. Inclusive, alguns docentes acreditam que esse sistema de graduação leva alguns indivíduos ao fracasso, por acreditarem que não são inteligentes o suficiente.

Portanto, o melhor é utilizar os dois modelos de maneira complementar, a fim de avaliar todas as competências do estudante e, ao mesmo tempo, conferir seu nível de conhecimento. Mais que isso, as provas ainda são consideradas parâmetros importantes pelo Ministério da Educação (MEC).

Isso acontece porque a forma de medir a qualidade da instituição é por meio de avaliações externas, como Enem e Enade — e elas dependem diretamente das provas. 

Como a avaliação ajuda a orientar a aprendizagem?

Tanto as provas quanto o feedback ajudam a guiar a construção do conhecimento. Cada modelo se adapta melhor a uma situação didática diferente e ainda pode ser complementado com observação, solicitação de redações, anotação do desempenho durante um seminário, por exemplo, e mais.

De toda forma, o importante é entender que a avaliação seja reorientada para a melhoria do sistema de ensino. As provas, por exemplo, ajudam a colocar os alunos dentro da metodologia Time Based Learning (TBL), que prevê o uso da aprendizagem em equipes para facilitar o entendimento dos estudantes.

Esse método é usado, inclusive, nos cursos do Hospital Israelita Albert Einstein. Por meio de um software de gestão de provas, é possível simular diferentes cenários e avaliar os alunos a partir de alguns princípios:

  • capacidade intelectual individual e em grupo;
  • responsabilização pelo trabalho em equipe e pré-aprendizado;
  • incentivo ao desenvolvimento da equipe e ao aprendizado;
  • recebimento de feedbacks imediatos e frequentes.

Percebe como é possível colocar aluno e professor como protagonistas da aprendizagem? Assim, é possível alcançar resultados melhores, atender aos bons parâmetros de avaliação e oferecer uma formação holística.

Dessa forma, sua instituição de ensino preza pelas boas avaliações sem deixar de lado outros critérios relevantes. A consequência é a melhoria de todo o ensino-aprendizagem.

E você, o que pensa sobre esse assunto? Deixe seu comentário!

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