Repetir de ano ou “tomar bomba”, como é popularmente conhecido, pode ser traumático. Para tentar evitar que o aluno passe pela experiência de permanecer mais um ano no mesmo nível em que foi reprovado, algumas escolas oferecem a chamada dependência, ou progressão parcial.
Com ela, os alunos mantêm suas vidas escolares normalmente. Ou seja, passam para a próxima série, mas em outro horário cursam as disciplinas nas quais foram reprovados.
O que é progressão parcial?
O Sistema de Progressão Parcial (PP) do Ensino Fundamental e Médio assegura o aluno por lei de ser promovido para a série seguinte, mesmo não alcançando os resultados exigidos para a aprovação em algumas disciplinas da série anterior.
Nesse caso, quando há reprovação em alguma disciplina, é gerada uma dependência na grade curricular. Essa dependência é uma ou mais atividades e/ou provas sobre conteúdos dessa disciplina que o aluno foi reprovado.
Vale lembrar que é costume o estabelecimento de quantidade de disciplinas com reprovação que cada aluno pode ter para que ele não seja reprovado no ano automaticamente.
Vários motivos podem levar o aluno a uma progressão parcial, como dificuldade em absorver o conteúdo, excesso de faltas, falta de dedicação, entre outros, e em alguns casos, o aluno pode reprovar mais de uma vez.
Qual o objetivo da progressão parcial?
Um alto índice de reprovação total dos alunos pode contribuir para a evasão escolar. Em 2021, por exemplo, a taxa de evasão no Ensino Básico cresceu 171% em relação a 2019. O aluno repetir de ano por causa de uma dificuldade extrema em disciplinas isoladas pode fazer com que esse número aumente.
O regime de progressão parcial possibilita ao estudante condições favoráveis à superação das defasagens e dificuldades na aprendizagem, evitando com que ele atrase ainda mais sua formação.
Como saber se posso aplicar a progressão parcial na minha instituição?
Segundo o Ministério da Educação (MEC), não há diretrizes específicas para as dependências em conteúdos escolares.
Portanto, cabe às escolas e aos docentes estabelecer estratégias para recuperação dos alunos de menor rendimento.
Indica-se que a decisão de aderir ou não à dependência deve ser tomada de forma colegiada.
É preciso avaliar qual opção traz maior equilíbrio entre o social e acadêmico avaliando o aluno como um todo e analisando seu desempenho em todas as matérias, levando em consideração opinião de professores que podem ter visões distintas sobre o mesmo aluno.
Vantagens dessa prática de dependência escolar
A dependência é uma prática que auxilia na condução e organização da escola de modo que cada aluno desenvolva o que lhe é adequado em seu trabalho escolar.
Essa prática se baseia na ideia de que sua aprendizagem é contínua, e que o estudante não deve repetir o que já sabe e menos ainda prosseguir os estudos tendo lacunas em suas aprendizagens. Portanto, adotar o regime significa dar um formato próprio à educação de cada estudante, oferecendo a ele as melhores condições no momento exato.
A progressão continuada não esperada o final do ano letivo para acontecer. Como o nome indica, ocorre a qualquer tempo, permitindo o avanço do aluno sempre que forem evidenciadas aprendizagens. Mais uma vantagem da prática é a possibilidade do aluno não atrasar os estudos pelo atraso de uma disciplina em específico.
Conclusão
Entendemos que vários motivos podem levar o aluno a uma progressão parcial, como dificuldade em absorver o conteúdo, excesso de faltas, falta de dedicação, entre outros.
E, se tratando de práticas preventivas, o ideal é que a Instituição de Ensino tente contornar as dificuldades em conjunto com o corpo docente e os alunos durante todo o ano letivo para que ele não precise passar pela progressão parcial.
Esse é o momento de se questionar em relação à gestão escolar e aos sistemas utilizados para centralizar as informações da Instituição e permitir uma análise profunda e individual do desempenho de cada aluno.
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