A volta das aulas presenciais está cada vez mais perto, mas a tecnologia não deve ser deixada de lado – pelo contrário.
31 de dezembro de 2019. A data é histórica, pois foi neste dia que as autoridades chinesas reportaram o primeiro caso de COVID-19 à OMS. Hoje, depois de mais de 17 meses, ainda não conseguimos responder com exatidão quando ocorrerá a retomada das aulas presenciais.
O caminho foi (e ainda é) complicado, repleto de desafios e dificuldades, com destaque para a urgente necessidade pela adaptação à tecnologia. Embora tenha sido um grande impacto, inegavelmente, foi por meio dela que a Educação se manteve firme e viva durante essa adversidade.
Mesmo sem uma data certa, fato é que a volta às aulas presenciais é uma realidade cada vez mais próxima. Agora, a pergunta passa a ser outra: o que acontecerá com a tecnologia depois que as aulas presenciais voltarem?
Nos acompanhe na leitura para conferir um possível cenário e como isso influenciará na vida dos estudantes, professores, gestores e todos envolvidos na Educação.
Sem sombra de dúvidas, e muitos fatores nos levam a pensar dessa forma, como os seguintes:
#1 – A tecnologia já era usada antes da pandemia
É fato que a proporção era outra, mas não podemos negar que o uso das tecnologias já acontecia mesmo antes da pandemia, ou seja, até o final de 2019.
Uma pesquisa da MidAmerica Nazarene University, feita em 2018, mostrou que 73% dos professores participantes concordaram que a tecnologia na sala de aula mudou dramaticamente nos últimos 5 anos.
Para uma realidade mais próxima à nossa, também temos dados nacionais. A pesquisa TIC Educação 2018 mostrou que 76% dos professores utilizam tecnologia nos processos de ensino e aprendizagem, enquanto 65% disseram usar tecnologias em sua própria disciplina de atuação.
Portanto, ela já fazia parte da realidade da Educação, motivo que corrobora para sua manutenção.
#2 – Muitos educadores aprenderam a usar as tecnologias durante a pandemia
Um grande motivo que impedia o avanço do uso das tecnologias na educação era o fato de os professores não terem tanta afinidade com elas. Porém, isso mudou drasticamente durante a pandemia.
Uma pesquisa da UFMG e da CNTE, sobre o trabalho dos professores da rede pública na pandemia, constatou que 89% não tinham experiências anteriores à pandemia para dar aulas remotas.
Fica claro também que um motivo para que isso não aconteça é justamente a falta de treinamento. A mesma pesquisa mostrou que 42% dos entrevistados continuaram sem treinamento, aprendendo por conta própria, no momento da pesquisa.
É claro que o cenário não foi o ideal, já que forçou muitos professores a aprenderem algo que estava fora de seu domínio em pouco tempo. Porém, ainda assim, o aprendizado existiu – o que não tira a importância de mais treinamentos para desenvolver melhor as habilidades digitais.
Saiba mais: O que é migração digital e como a pandemia acelerou este processo
#3 – A maioria dos educadores brasileiros desejam usar mais tecnologia na educação
Nós comentamos acima que os professores precisaram se adaptar rapidamente, em um aprendizado que veio, de certa forma, “aos trancos e barrancos”, mas que de fato aconteceu. Felizmente, também temos pesquisas que comprovam essa afirmação.
Uma pesquisa da Fundação Lemann, em parceria com o Instituto Datafolha, apontou que 73% dos educadores brasileiros pretendem usar mais tecnologia no ensino do que usavam antes da pandemia.
Outro ponto importante, constatado pela mesma pesquisa, é que 81% dos professores reconhecem a tecnologia como grande aliada para promover um aprendizado mais ativo.
É fato que adaptações e evoluções ainda são necessárias, mas a percepção que a tecnologia deixou foi bastante positiva.
Confira também: Como capacitar docentes para o Ensino Híbrido
#4 – O Ensino Híbrido foi bem recebido e tende a crescer
Este foi um tema recorrente aqui em nosso blog durante a pandemia. Nós explicamos o que é Ensino Híbrido, além de termos trazido 13 perguntas e respostas sobre o Ensino Híbrido, entre outros.
O tema esteve (e ainda está) em voga por ter se mostrado como uma ótima oportunidade para manter os estudos mesmo sem a possibilidade de reunir todos os alunos em sala de aula ao mesmo tempo, o que, inclusive, foi bem recebido por eles.
Dados de uma pesquisa da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), coletados entre 24 de agosto e 15 de setembro de 2020, mostraram que 38% dos alunos querem um modelo de Ensino Híbrido mesmo depois da volta das aulas presenciais.
Este número indica que aproximadamente 2 a cada 5 alunos querem se manter no modelo de Ensino Híbrido, o que é um indicador bastante significativo de como este é um cenário em franca ascensão.
#5 – O investimento em tecnologia na educação deve crescer quase 20% ao ano
Por fim, não podemos deixar de comentar sobre as finanças, que indicam precisamente quais devem ser os rumos a serem seguidos no futuro.
De acordo com a Grand View Research, o investimento global em tecnologia na educação foi avaliado em US$ 89,49 bilhões em 2020, o que equivale a US$ 2,8 mil por segundo.
O valor já chama a atenção, mas as estimativas são ainda mais otimistas. A mesma fonte espera uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 19,9% entre 2021 e 2028, o que levaria o montante a US$ 382,23 bilhões em 2028 – ou US$ 12 mil por segundo.
Como a tecnologia pode ser usada em sala de aula?
Meios para aplicá-la não faltam, como os seguintes:
- Uso de mídia em sala de aula. Vídeos, imagens, podcasts e outros tipos de materiais são indicados para aumentar o engajamento dos alunos e recorrer a algo diferente para potencializar a aprendizagem.
- Tecnologia para avaliações. A constante evolução da tecnologia também impacta nas avaliações, que podem tanto ser feitas por meios digitais quanto trazer funcionalidades como correção automática e geração de relatórios de desempenho por aluno e por turma, por exemplo.
- Metodologias ativas. Como a tendência é de que o aluno passe a ser cada vez mais um protagonista na construção de sua aprendizagem, a tecnologia tem um papel fundamental no compartilhamento e na obtenção de conhecimento, bem como na facilitação da comunicação.
A retomada das aulas presenciais não deve prejudicar o uso da tecnologia – pelo contrário
Tudo leva a crer que a volta das aulas presenciais não colocará a tecnologia para escanteio. Na verdade, ela deve se transformar em uma protagonista com ainda mais força do que já tem hoje.
Com tantos dados, fica claro que este movimento deve acontecer e, inclusive, não demorar muito. Afinal, se a tecnologia já estava em sala de aula, ela deve ser ainda mais intensa, especialmente em um cenário em que a própria tecnologia faz cada vez mais parte da vida dos estudantes e da sociedade como um todo.
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