5 ações para trabalhar a saúde na escola

saúde na escola

Sumário

O ambiente escolar é o local que aprendemos a nos relacionar com várias pessoas e temos noções de responsabilidade e respeito ao próximo. Portanto, esse é um local onde adquirimos conhecimentos importantes para todos os âmbitos da nossa vida.

Diante da importância da instituição de ensino na formação de um cidadão, é fundamental que a saúde na escola seja abordada em sala de aula. 

Ensinar aos alunos noções básicas de higiene, estimulá-los a trabalhar o corpo e a mente e fornecer conhecimento sobre as várias doenças que atingem os seres humanos é uma forma de melhorar a qualidade de vida de toda a população.

Por que trabalhar a saúde na escola?

A saúde na escola engloba estratégias que possibilitam, por exemplo, a educação, a prevenção e até o diagnóstico clínico ou social para posterior encaminhamento a uma unidade de saúde. 

O ambiente escolar, por mais pacífico e democrático que seja, pode configurar um ambiente considerado hostil, principalmente devido à pressão por obter notas altas, casos de bullying, problemas relacionados a pais, responsáveis e à auto aceitação.

Por isso, o papel da escola na promoção da saúde inclui tornar-se um ambiente seguro para falar sobre o assunto, sem recorrer a clichês ou transformá-lo em tabu.

PSE – Programa Saúde na Escola

O Programa Saúde na Escola (PSE) é uma iniciativa dos Ministérios da Educação e da Saúde, que tem a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde.

A estrutura do programa se baseia em três componentes: o componente I abarca as ações de avaliação clínica e psicossocial dos escolares; no componente II estão as de promoção e prevenção à saúde e, no componente III, as de formação dos profissionais envolvidos em sua execução.

O público beneficiário do programa são os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais amplificada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Dicas de como trabalhar a saúde nas escolas

Ao longo do ano, vários temas podem ser debatidos, para os alunos da educação infantil I e II e anos do ensino fundamental, podem chegar até ao ensino superior. 

Trouxemos algumas dicas de como trabalhar a saúde nas escolas e, contribuir para criação de hábitos saudáveis que, por consequência, melhoram a qualidade de vida dos alunos. 

Falar de boa alimentação e nutrição

A educação alimentar é um assunto que merece atenção e precisa ser cada vez mais recorrente no ambiente escolar. Além de contribuir para o processo de aprendizagem, ela também pode ajudar na melhora da qualidade de vida, por exemplo. 

A escola é um ambiente educativo, inclusive no momento das refeições. Diante disso, é importante que as instituições de ensino desestimulem a presença de alimentos prejudiciais à saúde na lancheira dos pequenos, como sucos industrializados, salgadinhos, refrigerantes, entre outros. 

Convidar as crianças para participar do preparo da comida é uma estratégia positiva de alimentação saudável. Quando elas colocam a mão na massa, conseguem ter consciência sobre o que ingerem e os processos pelos quais os alimentos naturais passam até chegar à mesa.

Envolver os responsáveis é primordial durante o processo, já que a educação alimentar não é responsabilidade apenas da escola.

Por esse motivo, desenvolver atividades de incentivo para os pais também é necessário. Dessa forma, todos terão acesso às informações importantes, os benefícios e podem contribuir ainda mais para mudança dos hábitos. 

Promover ações de saúde mental

A saúde mental também é um tema que deve ser discutido em sala de aula, especialmente após o período de isolamento social, em que transtornos como ansiedade e depressão podem se agravar. 

Valorizar as características singulares dos alunos faz parte da promoção da autoestima. Este aspecto é essencial para que os estudantes se vejam capazes de aprender e interagir não só no ambiente escolar, mas também fora dele. 

As questões de saúde mental são sérias e sensíveis, devendo ser tratadas como tal. Por isso, não diminua o desconforto do seu aluno, da sua aluna ou do seu docente. 

Nesse sentido, a criação de um espaço aberto de diálogo entre os professores e a coordenação é essencial. Afinal, uma escola que conhece e entende as dificuldades dos seus docentes consegue promover muito mais efetivamente ações interdisciplinares e coletivas de enfrentamento às adversidades.

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Promover a conscientização sobre as ISTs, gravidez e outros

Graças à ciência e à luta dos movimentos sociais, muita coisa mudou, mas, infelizmente, outras tantas continuam complexas. Uma delas é acreditar, por exemplo, que não se deve conversar sobre sexo nas escolas, pois isso poderia estimular adolescentes e jovens a iniciar sua vida sexual precocemente. 

Antes de tudo, é preciso entender que a sexualidade não se restringe somente ao ato sexual. Quando falamos de sexualidade, falamos também sobre a exposição às infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) e sobre a gravidez na adolescência. 

Isso deve ser abordado na discussão ampla sobre o tema sexualidade, sem julgamentos de valores e com respeito aos direitos sexuais e aos direitos reprodutivos de adolescentes e jovens.

Abrir canais de comunicação com os jovens contribui para o fortalecimento da autonomia e do autocuidado. A discussão sobre projetos de vida é fundamental para abordar melhor o assunto e, é preciso reconhecer que isso traz mudanças para a vida do/a jovem.

Consolidar espaços de discussão permanente nas escolas e o acolhimento das demandas dos jovens nos serviços de saúde pode ajudar no processo de tomada de decisão sobre sua vida sexual e reprodutiva e, permite a identificação de possíveis abusos

Trazer a saúde ocular, auditiva e outros para dentro da escola

Problemas auditivos, visuais e outros podem não ser reconhecidos a tempo, caso não haja um programa de educação em saúde que permita, mediante a observação do desempenho e da aplicação de testes simples, a detecção ou suspeita das dificuldades do aluno. 

Os professores podem colaborar, observando em seus alunos comportamentos que possam indicar dificuldades e aplicando testes de avaliação da visão, por exemplo, orientando os pais no encaminhamento da criança aos especialistas necessários. 

Os pais podem, igualmente, colaborar, informando-se sobre os cuidados com os sentidos, observando o comportamento da criança e encaminhando os filhos para exames, quando necessário.

Incentivar a saúde bucal desde a educação infantil

Quando falamos sobre escovação de dentes na criança, temos que lembrar que essa ação faz parte de um processo de aprendizagem. Dizemos processo porque os hábitos diários da higienização da boca se iniciam desde bebê. 

A escola é o espaço da aprendizagem e nada melhor do que transformá-la em um local para a promoção dos cuidados com os dentes. Os professores podem fazer uso de livros e filmes explicativos para ajudar a ilustrar as explicações sobre a importância de escovar os dentes, por exemplo.

O emprego de atividades lúdicas serve como motivação para as crianças tornarem a higiene bucal um hábito diário. Como a maioria das atividades é realizada em grupo, os pequenos se sentem estimulados a seguir os colegas.

Conclusão

Crianças que são encorajadas a conhecerem mais sobre elas mesmas (sobre o próprio corpo e a mente) e que compreendem que o cuidado pessoal caminha lado a lado com a autoaceitação, certamente crescerão mais felizes e estabelecerão relações mais saudáveis.

Precisamos trabalhar nosso corpo e nossa mente, e compreendemos o quanto a escola é importante em todos os âmbitos da nossa vida. A escola forma cidadãos em seus mais variados aspectos, e a saúde é um desses aspectos atuados pela escola.

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